segunda-feira, 13 de maio de 2013

Saiba mais sobre as novas regras da reprodução assistida do CFM


     Na semana em que se comemorou o dia das mães, o Conselho Federal de Medicina jogou um balde de água fria em muitas aspirantes. Ele lançou uma resolução para atualizar as regras da reprodução assistida. Entre vários pontos, um que chamou a atenção é a restrição da idade materna para essa prática: 50 anos. A justificativa é que, após essa época, uma gravidez aumenta os riscos de hipertensão, diabetes e partos prematuros.

     Toda gravidez traz riscos, podem pensar alguns. Mas ter um bebê não significa apenas gerá-lo. É preciso criá-lo, o que demanda tempo de vida.

     Ao se pensar em ter um filho, vislumbra-se um bebê. Pensa-se no enxoval, na decoração do quarto, na banheira e brinquedos. Fica-se no desejo infantil de embalar um pequeno ser.

   Filho é para a vida inteira. Envolve criá-lo, passando pelas diversas fases de seu crescimento. Até a tão temida adolescência, que anda cada vez mais longa. Para gerar um, bastam alguns meses. Criá-lo, envolve anos. O que nem sempre é lembrado.

     A impressão que dá é que deste modo vamos esticando nossa vida, dando a sensação que ao viver as fases mais tardiamente, mais longe estará o nosso fim.

    Temos negado nossos limites, principalmente os físicos. Esticamos aqui e ali, deixando nossa aparência plastificada. Tomamos vitaminas e outras drogas que nos fazem sentir sobre humanos. Procriamos mais tarde na ilusão de que podemos tudo. Muitas vezes, apoiados por profissionais da saúde que também se esquecem de seus limites.

   O que o Conselho Federal de Medicina fez foi mostrar a realidade como ela é, estabelecendo limites práticos e plausíveis. Nem por isso, menos difíceis de serem encarados. Mesmo tendo possibilidades de exercer a maternidade mais tardiamente, há um tempo para isso. Que deve ser computado com o tempo que se tem para criar um filho



Nenhum comentário:

Postar um comentário