sábado, 18 de maio de 2013

O Paraná é o terceiro Estado no ranking da violência contra Mulher

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     O  Paraná  foi apontado como a terceira unidade da federação em violência contra a mulher. Com 388 homicídios femininos registrados em 2010, o estado teve uma taxa de 6,3 assassinadas para cada 100 mil mulheres. Espírito Santo (com 9,4 casos/ 100 mil mulheres) e Alagoas (8,3/100 mil) lideram o ranking. Os números fazem parte de um estudo complementar do Mapa da Violência, divulgado pelo Instituto Sangari.

     O Paraná tem, ainda, cinco municípios com mais de 26 mil habitantes entre os 50 com mais casos de assassinatos de mulheres em relação à própria população feminina. Piraquara, na região metropolitana, ocupa o segundo lugar no ranking, com 11 mulheres vítimas de homicídio e taxas de 24,4 casos por 100 mil habitantes do sexo feminino. As outras cidades paranaenses da lista são Araucária (22º lugar), Fazenda Rio Grande (32º lugar), Telêmaco Borba (39º) e União da Vitória (46º).

       Curitiba aparece em 59º lugar no rol. De acordo com o estudo, a capital paranaense teve taxa de 4,7 mulheres assassinadas por 100 mil (95 homicídios). Apesar de ser superior ao índice nacional, à cidade está em 21º lugar no ranking das capitais com mais casos de violência contra a mulher.

        A  pesquisa  revela  que  as mortes se concentram na faixa etária entre 20 e 29 anos (com 7,7 mulheres assassinadas por 100 mil habitantes femininas). Na maioria esmagadora dos casos, o assassino está dentro de casa: em 27,1% dos assassinatos, o autor do crime é o próprio cônjuge da vítima; em 8,3% é o ex-companheiro quem comete o crime. Em 68% das vezes, os assassinatos são cometidos na própria residência das mulheres.

     O  levantamento vai ao encontro da análise do delegado Rubens Recalcatti, Chefe da Delegacia de Homicídios de Curitiba. Para ele, nos últimos dez anos, houve uma mudança drástica no comportamento das mulheres, o que contribui para a multiplicação dos casos. “As mulheres passaram a frequentar o mundo das drogas e a se relacionar com pessoas erradas. Elas queriam direitos iguais e, quando os conquistaram, não souberam o que fazer. É preciso respeitar as igualdades e desigualdades de cada um”, pontuou o delegado.

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