Mulher não se cale - Ligue 180
Central de Atendimento a Mulher
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O Paraná foi
apontado como a terceira unidade da federação em violência contra a mulher.
Com 388 homicídios femininos registrados em 2010, o estado teve uma taxa de 6,3
assassinadas para cada 100 mil mulheres. Espírito Santo (com 9,4
casos/ 100 mil mulheres) e Alagoas (8,3/100 mil) lideram o ranking. Os
números fazem parte de um estudo complementar do Mapa da Violência, divulgado
pelo Instituto Sangari.
O Paraná tem, ainda,
cinco municípios com mais de 26 mil habitantes entre os 50 com mais casos de
assassinatos de mulheres em relação à própria população feminina. Piraquara, na
região metropolitana, ocupa o segundo lugar no ranking, com 11 mulheres vítimas
de homicídio e taxas de 24,4 casos por 100 mil habitantes do sexo feminino. As
outras cidades paranaenses da lista são Araucária (22º lugar), Fazenda
Rio Grande (32º lugar), Telêmaco Borba (39º) e União da Vitória (46º).
Curitiba aparece
em 59º lugar no rol. De acordo com o estudo, a capital paranaense teve taxa de
4,7 mulheres assassinadas por 100 mil (95 homicídios). Apesar de ser superior
ao índice nacional, à cidade está em 21º lugar no ranking das capitais com mais
casos de violência contra a mulher.
A pesquisa revela que as mortes se concentram na faixa etária entre 20 e 29 anos (com 7,7 mulheres
assassinadas por 100 mil habitantes femininas). Na maioria esmagadora dos
casos, o assassino está dentro de casa: em 27,1% dos assassinatos, o autor do
crime é o próprio cônjuge da vítima; em 8,3% é o ex-companheiro quem comete o
crime. Em 68% das vezes, os assassinatos são cometidos na própria residência
das mulheres.
O levantamento vai ao
encontro da análise do delegado Rubens Recalcatti, Chefe da Delegacia
de Homicídios de Curitiba. Para ele, nos últimos dez anos, houve uma
mudança drástica no comportamento das mulheres, o que contribui para a
multiplicação dos casos. “As mulheres passaram a frequentar o mundo das drogas
e a se relacionar com pessoas erradas. Elas queriam direitos iguais e, quando
os conquistaram, não souberam o que fazer. É preciso respeitar as igualdades e
desigualdades de cada um”, pontuou o delegado.
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