Crédito da foto: Greenpeace
A conferência das Nações Unidas sobre mudança climática chega ao fim nesta sexta-feira em Bangcoc na Tailândia sem garantias de que neste ano será fechado um acordo para prolongar o período de vigência do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
A Nova Zelândia e o Japão, país no qual foi firmado o primeiro pacto global para combater o aquecimento da atmosfera por causa da emissão de gases, comunicaram formalmente que não assinarão um período de ampliação do Protocolo de Kyoto. Essa mesma posição poderá ser adotada por Canadá, Rússia e Austrália.
Este grupo de países prefere estabelecer uma agenda própria de compromissos de corte de emissões que não esteja ligada a um pacto internacional.
"Francamente, a recusa do Japão e de outros países a assinar um segundo período de vigência do protocolo não representa uma ajuda", disse Dessima Williams, embaixadora de Granada e representante da Aliança de Pequenos Estados Insulares, da qual fazem parte 43 ilhas e territórios do Caribe, Pacífico Meridional e Ásia.
De forma similar pronunciou-se a delegação da UE (União Europeia), que mantém sua postura prévia de considerar a opção de prolongar o período de vigência do Protocolo de Kyoto, adotado em dezembro de 1997 inicialmente por 35 países mais o bloco europeu da época.
"Sem eles será impossível atingir os objetivos", afirmou em entrevista coletiva Artur Runge-Metzger, chefe da Comissão de Estratégia Internacional da UE, em alusão aos países que cogitam se separar do Protocolo de Kyoto.
A UE comprometeu-se a cortar suas emissões em 20% em 2020 e, se conseguir o apoio de outros países, subirá este percentual para 30%.
A secretária da convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, Christiana Figueres, disse que nenhum Governo expressou até o momento sua oposição ao protocolo, e explicou que "o que dizem é que não vão participar dele".
Antes da cúpula sobre mudança climática que será realizada na cidade sul-africana de Durban, no final de ano, os países terão várias reuniões, incluindo uma em Bonn na Alemanha, em junho.
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