quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Promotores públicos de Maringá aceleram implantação do Gaeco na cidade, com certeza policial que se envolver com corrupção vai pular


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As investigações policiais em Maringá passaram a contar desde o começo da semana com a atuação local do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que inaugurou a sétima delegacia no Paraná. Dois promotores do Ministério Público (MPE) se prontificaram ao trabalho e já iniciaram as atividades. Eles aguardam a confirmação do nome do delegado indicado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). O Gaeco atua na investigação de crimes com ramificações no poder público, cometidos na atividade policial e ou por meio de organizações criminosas.
De acordo com o promotor e coordenador estadual do Gaeco, Leonir Battisti, a implantação da unidade de Maringá era prevista, mas foi antecipada graças ao empenho dos promotores locais. “Os promotores reforçaram a necessidade e assumiram a responsabilidade”, disse.
Battisti se refere à Arisângela Cristina Vargas da Silva e Laércio Januário de Almeida. Ambos já atuavam nas promotorias da cidade e assumiram a nova função durante a recente reestruturação do Ministério Público em Maringá. “Eles se prontificaram e essa parte já está cumprida. Caso contrário, precisaríamos da indicação de um promotor”, explicou. Como o Gaeco é formado ainda por agentes da Polícia Civil e da Polícia Militar, falta agora à designação do delegado e escrivães, parte que cabe à Sesp. Não há novas contratações, mas os funcionários deverão ser deslocados para as novas atividades.
O Gaeco não precisa de uma grande equipe, explicou o promotor. “Não exercemos uma atividade massificada, na qual muitas pessoas correm à delegacia. Nossa atuação é em investigações de inteligência, o que não carece de um grande efetivo”, disse.
O grupo pretende atingir uma parcela de inquéritos que a Polícia Civil sozinha não consegue abranger. “O crime organizado conta com a omissão do aparato do estado, mas às vezes há o envolvimento de pessoas ligadas a ele”, explicou Battisti. A delegacia também deverá servir de destino aos que querem relatar alguma situação, muitas vezes envolvendo a esfera política, em que normalmente não se busca a polícia comum. “A tendência é dar lado para esse tipo de denúncia”.
Ainda é cedo para delimitar o perfil da unidade em Maringá, muito embora cada delegacia no estado acabe tratando de temas muito específicos da região, como explicou o promotor.
“Em Londrina temos feito um trabalho com a promotoria de defesa do patrimônio público, que tem se voltado para as mazelas da Câmara (de vereadores). Em Curitiba, investigamos a morte de civis envolvidos em prisões e constatou-se que a polícia estava matando esses jovens”, exemplificou, lembrando que a própria PM participou desse inquérito.
Mais sobre a organização
O Gaeco é um órgão que se destina a investigação e combate ao crime organizado e controle externo da atividade policial, promovendo as ações penais pertinentes. É composto por membros do Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar.
Foi criado em 1994 com o nome de Promotoria de Investigação Criminal (PIC), com atribuições de caráter geral na área criminal. Em 1997 foram delimitadas as funções com as características mantidas até hoje. A adoção do nome Gaeco e a regionalização com as áreas de atuação dos respectivos grupos regionais foram estabelecidos em 2007.
Além de Maringá, as delegacias têm sedes nas cidades de Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava e a recém-criada unidade de Guaíra.

Policial que se envolver com corrupção pode por a barba
de molho o GAECO com certeza não vai dar mole ou perde a 
farda ou perde o distintivo e ainda pode ir para cadeia

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