Muito cuidado o seu telefone pode estar grampeado
O Brasil é a terra da arapongagem, eles gravam tudo
Com apenas um celular nas
mãos, o presidente da Companhia SecurStar, Wilfried Hafner, foi capaz de grampear
conversas telefônicas, acessar dados de outros aparelhos e usar os celulares
grampeados como microfones para escutas ambientais.
A demonstração foi feita a um público de
agentes de inteligência de diversos órgãos como a Polícia Federal, a Agência Brasileira
de Inteligência, o Tribunal de Contas da União e a Corregedoria Geral da União,
reunidos em seminário promovido nesta semana pela Comunidade de Inteligência
Policial e Análise Evidencial.
Usando um vírus enviado por meio de SMS (mensagem
de texto), Hafner pode grampear qualquer telefone celular – basta possuir o
número do aparelho. O programa espião chamado RexSpy foi desenvolvido
por sua empresa para mostrar a vulnerabilidade do sistema de telefonia celular.
De acordo com ele, versões similares do vírus circulam pela internet em
comunidades de hackers, principalmente na China e Coréia do Sul.
Sua empresa, que trabalha no ramo de
segurança de dados e produz software para criptografar ligações tornando-as
seguras, identificou ataques de vírus similares ao RexSpy no Brasil. A primeira
incidência se deu em agosto.
Ao receber o vírus, o telefone
infectado sequer alerta para a chegada da mensagem. A partir de então, o
“espião” passa a ter acesso a todos os dados do aparelho, como a agenda
telefônica, mensagens de texto, fotos e vídeos. Além disso, o telefone que enviou
o vírus recebe uma mensagem cada vez que o aparelho grampeado é usado,
permitindo ouvir ou gravar as conversas realizadas.
Também sem deixar pistas, é possível que
o “espião” use o celular infectado como microfone, ouvindo conversas de
reuniões privadas, bastando que o aparelho infectado esteja no recinto. Todas
as modalidades de grampo foram apresentadas durante o evento.
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