Crédito da foto: Rodrigo Baleia/Greenpeace
Relatório divulgado nesta
segunda-feira (14) pela organização ambiental Greenpeace liga o desmatamento
ilegal na floresta amazônica do Pará e Maranhão à produção de aço
voltada para o mercado automobilístico dos Estados Unidos.
De acordo com o estudo “Carvoaria
Amazônia”, até 90% do ferro-gusa (principal matéria prima do aço e requer
carvão vegetal) produzido na região de Carajás é exportado para siderúrgicas
dos EUA, que fornecem, posteriormente, para grandes montadoras. Carajás engloba
partes do Pará, Maranhão e Tocantins.
Nesta segunda, ativistas da ONG
fizeram protesto em São Luis (MA) e subiram a bordo do navio cargueiro
bahamense Clipper Hope, que realiza manobras na baía de São Marcos, para
receber um carregamento de 30 mil toneladas de ferro-gusa.
O Greenpeace apontou no documento
que ao menos duas guseiras brasileiras, uma instalada no PA e outra no MA, são
responsáveis por essa produção, mas as duas movimentariam uma cadeia com
ilegalidades como desmate do bioma, carvoarias com trabalho escravo e invasões
de terras indígenas.
Segundo o Greenpeace, a partir de
estudo realizado pela Universidade Federal do Pará, quase 60% da madeira que
entra nos fornos de carvão são provenientes de desmatamento ilegal. Entretanto,
a ONG não tem uma estimativa de quanto se perdeu de floresta até agora devido à
indústria de ferro-gusa.
Estimativa apresentada no documento
afirma que para produzir um metro cúbico de ferro-gusa são necessários 33,41
metros cúbicos de madeira seca
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