Embora não sofram sanções estatais por
divulgar informações no mundo virtual da internet - como ocorre em Cuba, no Irã
ou na China -, muitos jornalistas e blogueiros brasileiros têm sua atividade
limitada por ameaças e agressões praticadas no mundo "real".
A intimidação é mais comum contra
blogueiros e jornalistas de veículos de comunicação menores ou que trabalham em
locais distantes de grandes centros urbanos. Dos quatro assassinatos de
jornalistas ocorridos neste ano no Brasil, apenas um foi praticado contra
funcionário de um jornal de grande circulação - o do repórter Décio Sá, do Estado
do Maranhão, no dia 23 de abril. "Fazer jornalismo na Amazônia é caminhar
sobre a lâmina do perigo. Cada dia é como se fosse o último", disse à BBC
Brasil Carlos Mendes, do Diário do Pará.
Após fazer reportagens sobre extração
ilegal de madeira em áreas indígenas e devastação ambiental em 2005, ele teve
que mudar de casa três vezes em menos de seis meses devido a ameaças do crime
organizado. Segundo Mendes, no Brasil as ameaças são "mais sutis e complexas"
do que em Cuba ou na China. "Alguns políticos até recebem bem críticas,
mas outros pedem a demissão do jornalista com ameaças contra a empresa
jornalística sobre corte de verbas publicitárias", afirmou
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