segunda-feira, 14 de maio de 2012

Relatório divulgado hoje pelo Greenpeace liga desmatamento no Brasil a produção de carros nos EUA governo brasileiro se omite

Crédito da foto: Rodrigo Baleia/Greenpeace

            Relatório divulgado nesta segunda-feira (14) pela organização ambiental Greenpeace liga o desmatamento ilegal na floresta amazônica do Pará e Maranhão à produção de aço voltada para o mercado automobilístico dos Estados Unidos.

             De acordo com o estudo “Carvoaria Amazônia”, até 90% do ferro-gusa (principal matéria prima do aço e requer carvão vegetal) produzido na região de Carajás é exportado para siderúrgicas dos EUA, que fornecem, posteriormente, para grandes montadoras. Carajás engloba partes do Pará, Maranhão e Tocantins.

             Nesta segunda, ativistas da ONG fizeram protesto em São Luis (MA) e subiram a bordo do navio cargueiro bahamense Clipper Hope, que realiza manobras na baía de São Marcos, para receber um carregamento de 30 mil toneladas de ferro-gusa.

            O Greenpeace apontou no documento que ao menos duas guseiras brasileiras, uma instalada no PA e outra no MA, são responsáveis por essa produção, mas as duas movimentariam uma cadeia com ilegalidades como desmate do bioma, carvoarias com trabalho escravo e invasões de terras indígenas.

              Segundo o Greenpeace, a partir de estudo realizado pela Universidade Federal do Pará, quase 60% da madeira que entra nos fornos de carvão são provenientes de desmatamento ilegal. Entretanto, a ONG não tem uma estimativa de quanto se perdeu de floresta até agora devido à indústria de ferro-gusa.

               Estimativa apresentada no documento afirma que para produzir um metro cúbico de ferro-gusa são necessários 33,41 metros cúbicos de madeira seca

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