A transição para uma economia mais
verde poderia gerar entre 15 e 60 milhões de novos empregos em nível mundial
nas próximas duas décadas e tirar dezenas de milhões de trabalhadores da
pobreza, segundo um relatório produzido pela Iniciativa Empregos Verdes -uma
parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA),
Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização Internacional de
Empregadores (OIE) e a
Confederação Sindical Internacional (CSI).
O relatório divulgado pela Organização
Internacional do Trabalho, diz que pelo menos metade da força de trabalho
mundial - o equivalente a 1,5 bilhão de pessoas - será afetada pela transição
para uma economia verde e alguns setores devem ser os mais afetados:
agricultura, silvicultura, pesca, energia, indústria manufatureira, reciclagem,
construção e transporte.
Os empregos decorrentes da
"ecologização" da economia já vêm sendo criados, segundo o estudo. No
Brasil, teriam sido criados cerca de três milhões, respondendo por cerca de 7%
do emprego formal. O estudo cita como exemplo a formalização e organização de
entre 15 e 20 milhões de catadores informais na Colômbia, no Brasil e em outros
países.
Um dos destaques em potencial de
empregabilidade, diz o relatório, é o setor de energia renovável, que já
emprega cerca de 5 milhões de trabalhadores, mais do que o dobro do número de
empregos entre 2006 e 2010. Outra fonte de "empregos verdes" é a área
de eficiência energética, particularmente na indústria da construção, o setor
mais afetado pela crise econômica. Nos Estados Unidos, três milhões de pessoas
têm empregos relacionados com produtos e serviços ambientais. Na Espanha,
existem atualmente mais de meio milhão de empregos neste setor.
"A próxima Conferência Rio +20
das Nações Unidas será um momento decisivo para
garantir que o trabalho decente e a inclusão social sejam partes integrantes de qualquer
estratégia de desenvolvimento futuro", disse o diretor geral da OIT Juan Somavia
garantir que o trabalho decente e a inclusão social sejam partes integrantes de qualquer
estratégia de desenvolvimento futuro", disse o diretor geral da OIT Juan Somavia
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