domingo, 3 de junho de 2012

"Economia verde" pode gerar até 60 milhões de novos empregos


          A transição para uma economia mais verde poderia gerar entre 15 e 60 milhões de novos empregos em nível mundial nas próximas duas décadas e tirar dezenas de milhões de trabalhadores da pobreza, segundo um relatório produzido pela Iniciativa Empregos Verdes -uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização Internacional de Empregadores (OIE) e a Confederação Sindical Internacional (CSI).

          O relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho, diz que pelo menos metade da força de trabalho mundial - o equivalente a 1,5 bilhão de pessoas - será afetada pela transição para uma economia verde e alguns setores devem ser os mais afetados: agricultura, silvicultura, pesca, energia, indústria manufatureira, reciclagem, construção e transporte.

           Os empregos decorrentes da "ecologização" da economia já vêm sendo criados, segundo o estudo. No Brasil, teriam sido criados cerca de três milhões, respondendo por cerca de 7% do emprego formal. O estudo cita como exemplo a formalização e organização de entre 15 e 20 milhões de catadores informais na Colômbia, no Brasil e em outros países.

            Um dos destaques em potencial de empregabilidade, diz o relatório, é o setor de energia renovável, que já emprega cerca de 5 milhões de trabalhadores, mais do que o dobro do número de empregos entre 2006 e 2010. Outra fonte de "empregos verdes" é a área de eficiência energética, particularmente na indústria da construção, o setor mais afetado pela crise econômica. Nos Estados Unidos, três milhões de pessoas têm empregos relacionados com produtos e serviços ambientais. Na Espanha, existem atualmente mais de meio milhão de empregos neste setor.

           "A próxima Conferência Rio +20 das Nações Unidas será um momento decisivo para
garantir que o trabalho decente e a inclusão social sejam partes integrantes de qualquer
estratégia de desenvolvimento futuro", disse o diretor geral da OIT Juan Somavia

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