A Organização das Nações Unidas – ONU escolheu 2012 para ser o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos (International Year of Sustainable Energy for All). O objetivo desta escolha é viabilizar e fomentar as discussões sobre o acesso, o uso consciente e geração de energia sustentável.
Dados da ONU mostram que mais de 1, 4 bilhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a energia, o que, segundo a própria Organização, acarreta em problemas de saúde, déficit educacional, destruição ambiental e, até mesmo, atraso econômico.
A iniciativa das Nações Unidas pretende atrair a atenção mundial para a importância da energia para o desenvolvimento e a redução da pobreza. Neste sentido é que ela desenvolveu objetivos que devem ser atingidos ate 2030:
• Garantir acesso universal a serviços modernos de energia;
• Dobrar a taxa de melhoria da eficiência energética;
• Duplicar a quota de energias renováveis no setor energético global.
A Energia renovável pelo mundo...
Segundo a Agência Internacional de Energia, atualmente as fontes de energia renovável são responsável por 12% da matriz energética mundial, e estima-se que seja de 17% até 2030. Somente a China produziu cerca de 16 000 megawatts de energia renovável em 2010. Já a Índia produz 13 000 megawatts de energia eólica. Na Alemanha, 9,3% da energia produzia vem desta fonte de energia, pouco em comparação a Dinamarca, que é de 24%.
E o Brasil?
O Brasil tem potencial para produzir cerca de 350 000 megawatts de energia eólica, contudo, atualmente só tem capacidade de produzir 981 megawatts. O País é dependente de energia produzida pelas hidrelétricas, são 90 000 megawatts por ano, com potência para produzir 170 000 megawatts, pouco mais da metade do potencial eólico. A maior parte do potencial hidrelétrico do Brasil está na Amazônia. E por sabe disto, o governo tem tentado a qualquer custo invadir a região amazônica em busca de obtenção de energia. Prova disto é a Hidrelétrica de Belo Monte, que causará imenso impacto socioambiental, tendo custo altíssimo e baixa produtividade.
Além da Belo Monte, o governo planeja construir mais seis hidrelétricas na região amazônica, para viabilizar tais obras, já publicou MP reduzindo áreas de três unidades de conservação, o mesmo deve ser feito com mais quatros unidades.
O Brasil caminha cada vez mais longe do conceito de energia sustentável, planeja destruir, e desmatar para construção de suas hidrelétricas. Não se preocupa em diversificar sua matriz energética, em melhorar a distribuição e reduzir perdas de energia no processo. Enquanto o governo não pensar a longo prazo, a insustentabilidade e os riscos de desabastecimento energético serão constantes.
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