domingo, 9 de outubro de 2011

Extremistas judeus nazistas atacam cemitérios árabes

Túmulo árabe (Foto: Ammar Awad/Reuters)
Crédito da foto: Ammar Awad/Reuters


     Entre as pichações deixadas sobre os túmulos, encontravam-se os dizeres "Etiqueta de preço" - expressão que grupos de judeus nazistas na Cisjordânia costumam deixar como uma espécie de "assinatura" depois de atos de vandalismo contra palestinos.

      Algumas horas depois da descoberta da violação dos cemitérios, centenas de moradores de Yafo, árabes e judeus juntos, se manifestaram erguendo cartazes contra o racismo.

     Vários dos manifestantes portavam cartazes com os dizeres "Judeus e árabes se recusam a ser inimigos".

Yom Kipur

      De acordo com o site de noticias Ynet, uma bomba incendiária foi lançada na noite deste sábado (8) por judeus nazistas contra uma sinagoga em Yafo, mas, como o local estava fechado no momento do ataque, não houve feridos nem danos materiais.

      O presidente de Israel, Shimon Peres, condenou o vandalismo nos cemitérios, qualificando-o como uma "ação criminosa que contradiz os valores morais da sociedade em Israel".

     O prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, declarou que "é triste que justamente no Yom Kipur extremistas judeus nazistas cometam atos desse tipo. Espero que a polícia prenda os criminosos e que eles sejam punidos por seus atos".

     O deputado Jamal Zahalka, do partido Balad (representante da minoria árabe), atribuiu a responsabilidade pelos atos de vandalismo, tanto nos cemitérios em Yafo como na mesquita de Tuba Zangaria, ao governo israelense.

     Zahalka acusou o ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Liberman, de incitar contra os cidadãos árabes de Israel.

     "A distância entre palavras racistas e ações é terrivelmente curta. Os pequenos racistas que incendiaram a mesquita e depredaram os cemitérios têm seus líderes espirituais no governo", disse o deputado.

     De acordo com Zahalka, "grupos clandestinos judeus nazistas decidiram atacar os lugares sagrados".

     O líder do movimento Paz Agora, Yariv Oppenheimer, condenou o vandalismo nos cemitérios e afirmou que "judeus nazistas e extremistas de direita estão fazendo todos os esforços para levar a região a uma guerra religiosa"

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