RIO DE JANEIRO - A enorme falha energética que atingiu a segunda maior usina hidrelétrica do mundo esta semana foi a pior em seus 25 anos de uso, afirmaram as autoridades brasileiras na quarta-feira, causando amplos blecautes que expuseram a vulnerabilidade da infraestrutura do sistema de eletricidade do Brasil.
Autoridades no Brasil e Paraguai ainda procuravam por respostas na noite de quarta-feira para explicar a falha na usina de Itaipu, que fica na fronteira entre os dois países ao longo do Rio Paraná e é uma fonte crítica de energia para ambas as nações.
Durante mais de duas horas na última terça-feira, uma falha em três linhas de transmissão que transmitem a energia da usina criou um efeito dominó, cortando a eletricidade em 18 de 26 Estados brasileiros, incluindo as duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro.
Milhões de pessoas foram afetadas. Aeroportos em várias cidades foram fechados e passageiros tiveram que ser retirados de trens do sistema de metrô de São Paulo quando o sistema ficou sem energia.
Grande parte do Paraguai, que sofreu várias quedas de energia breves na última semana, também sofreu blecaute na terça-feira durante cerca de 20 minutos.
Operadores de sistema de eletricidade disseram não haver nenhuma evidência de sabotagem e que uma perturbação atmosférica inexplicada, como chuvas pesadas ou ventos na área, foi a provável causa do incidente.
"O sistema não é frágil, é um do mais fortes e confiáveis do mundo", disse Edison Lobão, ministro de energia do Brasil.
Ainda assim, especialistas em energia em ambos os países dizem que o amplo blecaute expõe as possíveis fraquezas no sistema de transmissão do Brasil e a necessidade de um gerenciamento melhor das grades elétricas interconectadas.
"Esta foi uma falha de gerenciamento", disse Ildo Sauer, professor de energia da Universidade de São Paulo. "Não há falta de capacidade de geração, não há falta de capacidade de transmissão, não houve falta de investimentos no setor", ele disse. "O que está faltando é gerenciamento, comando e controle das operações".
Sauer também disse que os blecautes mostram que as reformas da grade elétrica feitas em 2003 e 2004, depois de uma série de blecautes, não "foram suficientes".
Durante mais de duas horas na última terça-feira, uma falha em três linhas de transmissão que transmitem a energia da usina criou um efeito dominó, cortando a eletricidade em 18 de 26 Estados brasileiros, incluindo as duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro.
Milhões de pessoas foram afetadas. Aeroportos em várias cidades foram fechados e passageiros tiveram que ser retirados de trens do sistema de metrô de São Paulo quando o sistema ficou sem energia.
Grande parte do Paraguai, que sofreu várias quedas de energia breves na última semana, também sofreu blecaute na terça-feira durante cerca de 20 minutos.
Operadores de sistema de eletricidade disseram não haver nenhuma evidência de sabotagem e que uma perturbação atmosférica inexplicada, como chuvas pesadas ou ventos na área, foi a provável causa do incidente.
"O sistema não é frágil, é um do mais fortes e confiáveis do mundo", disse Edison Lobão, ministro de energia do Brasil.
Ainda assim, especialistas em energia em ambos os países dizem que o amplo blecaute expõe as possíveis fraquezas no sistema de transmissão do Brasil e a necessidade de um gerenciamento melhor das grades elétricas interconectadas.
"Esta foi uma falha de gerenciamento", disse Ildo Sauer, professor de energia da Universidade de São Paulo. "Não há falta de capacidade de geração, não há falta de capacidade de transmissão, não houve falta de investimentos no setor", ele disse. "O que está faltando é gerenciamento, comando e controle das operações".
Sauer também disse que os blecautes mostram que as reformas da grade elétrica feitas em 2003 e 2004, depois de uma série de blecautes, não "foram suficientes".
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