Os agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis dizem ter apreendido 1.928 animais que estavam prontos para ser comercializados irregularmente durante os desdobramentos da Operação Arapongas, que visa a combater o tráfico ilegal de animais silvestres. Nesta quarta-feira 10/08/2011, sete pessoas foram presas por suspeita de participar do esquema: um na capital paulista, dois no interior do estado, um na Paraíba, um em Minas Gerais e um casal no Paraná.
A operação foi feita em conjunto entre o Ibama e a Polícia Federal. Em coletiva realizada na sede da PF em São Paulo, Maria Luiza Souza, chefe de fiscalização do Ibama no Paraná, informou que a investigação começou em novembro de 2010 a partir de denúncias de que um site comercializava animais sem autorização desde 2007. No entanto, para induzir o cliente ao erro, eles informavam que os bichos estavam legalizados no Ibama. Havia espécies exóticas e algumas em extinção, como a arara azul, que era oferecida no site por R$ 55 mil, representando a compra mais cara.
De acordo com a polícia, o site foi criado pelo casal preso no Paraná, na cidade de Arapongas, que deu nome à operação. “O site não é legalizado no Ibama”, disse Maria Luiza. De acordo com ela, durante a investigação, foram identificados 19 criadouros no país que forneciam os animais para que o casal os vendesse. Desse total, há pelo menos duas ONG's que tinham autorização do instituto para criar espécies para fins de pesquisa e estava aproveitando a licença do Ibama para comercializar os bichos.
“Estavam trocando os microchips, induzindo o tráfico desses animais”, contou Maria Luiza. Os criadouros estão sendo agora investigados. Bruno Barbosa, coordenador-geral de fiscalização do Ibama, informou que essa licença será cancelada. “Se eles donos do site não conseguiam o animal com os criadouros, iam buscar na natureza.” Ele disse que é proibido vender felinos, por exemplo. No entanto, o site oferecia uma jaguatirica por R$ 13 mil.
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