terça-feira, 15 de setembro de 2015

Casas Peralta Maringá pertenceu ao pai do falecido Antonio Peralta era criança na época me lembro muito bem nos eramos vizinhos dos Peraltas meu falecido pai Jornalista Manoel Tavares tinha a sede do jornal "A Tribuna de Maringá" que fazia fundos com o comércio deles

Antonio Peralta (In Memorian)
Falecido em 29/07/2015 aos 85 anos 
Pioneiro da Cidade de Maringá - Paraná


Jornalista Gesli Franco
Especial para a Gazeta do Povo


      Na era das redes sociais e da promessa da realidade virtual, Antônio Peralta ainda preferia a Enciclopédia Barsa ao Google. Os filhos e os netos até tentaram apresentá-lo aos sites de buscas para facilitar as pesquisas do dia a dia, mas ele se manteve fiel ao livro como sua principal fonte de informações. Rosane Peralta conta que o pai era inquieto e curioso, mas que a tecnologia o levava para longe dos hábitos da velha guarda que ele tanto prezava. Além dos livros, outra paixão era o seu time de coração. Palmeirense, ele sabia de cor a escalação do alviverde paulistano e de todas as equipes brasileiras em campo.

   A boa memória proporcionava riqueza de detalhes na hora de contar como ajudou a desbravar Maringá, no Noroeste do Paraná. Ele a família foram pioneiros do município. Nascido em Presidente Bernardes, interior de São Paulo, mudou-se para Londrina, no Norte paranaense, mas escolheu a “Cidade Canção” para ser a nova morada, em 1947.

   Descendentes de espanhóis por parte de pai e de italianos pelo lado da mãe, ele e os cinco irmãos batalharam desde cedo para ajudar a colocar o pão na mesa. Logo após a instalação em Maringá, abriram a Casas Peralta, comércio de secos e molhados. Após dez anos, já no fim da década de 1960, a família decidiu encerrar o negócio e Antônio passou a ganhar a vida com agricultor e pecuarista.

   Teve ao longo de várias décadas propriedades rurais nos municípios de São João do Caiuá, Quinta do Sol, Vera Cruz do Oeste, Altônia e também em Maringá. Até 1975, ano da grande geada que dizimou praticamente todos os cafezais do Norte do Paraná, trabalhou com a cultura do café. Posteriormente, por muitos anos, dedicou-se ao cultivo da soja e também à pecuária de corte, período em que se tornou membro da Sociedade Rural de Maringá (SRM).

   Em 11 maio de 1957, Antônio se casou com Mariana Garcia. Da união nasceram quatro filhos, Rosane, Antônio Carlos, Regina e Rosely. “Ele foi um homem de pouco estudo e era motivo de muito orgulho para ele o fato de eu e meus irmãos termos nos formado na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e feito mestrado e doutorado”, conta Rosane.

   Além dos estudos, os filhos também deram outras alegrias ao pai: os netos. Foram sete ao todo. “Uma neta mais apressadinha também o presenteou com um bisneto, Bernardo, atualmente com seis anos, o verdadeiro xodó de toda a família”, conta Rosane.

   A filha acrescenta também que o pai participou da educação de quatro cunhados e foi o grande exemplo de todos eles. “Como os pais da minha mãe faleceram muito cedo, meus tios vieram ainda adolescentes morar conosco. Por muitos anos, a pequena casa abrigou dez pessoas”, recorda-se. Com um coração tão acolhedor, havia algo carismático em Antônio que ia além do sorriso e dos atos bondosos. Todos queriam rodeá-lo, ouvi-lo, passear com ele na velha picape azul.

     Antônio  sofreu  um  acidente  vascular  cerebral  (AVC)  em  2010. Desde então passou a conviver com as sequelas. Em 29 de julho, um novo AVC o levou ao hospital. Faleceu pouco depois. Deixou uma grande família: mulher, quatro filhos, sete netos e um bisneto.



Na minha infância eu brinquei muito na Praça Vereador Napoleão Moreira da Silva 





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