quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Doze pessoas são presas em Maringá por roubo de cargas durante operação da PF. Muita gente que se diz bacana está com a pulga atrás da orelha


              A Polícia Federal desencadeou, na manhã desta quarta-feira (6), a Operação Colônia, que tem como objetivo desmantelar seis quadrilhas que faziam desvio de carga no porto de Paranaguá (litoral do Paraná). 

               São 121 mandados de prisão e 98 de busca e apreensão sendo cumpridos no Paraná, São Paulo e Santa Catarina.Já são 63 pessoas presas até a tarde desta quarta. De acordo com o agente da PF Marcos Koren, 56 prisões foram feitas no Paraná, duas em Santa Catarina e uma em São Paulo. 

              Mais pessoas com mandados de prisão preventiva decretados estão foragidas.A delegacia da Polícia Federal (PF) em Maringá confirmou que 12 pessoas foram presas em Maringá, Mandaguari e Marialva. Eles são caminhoneiros, pessoas que possuem empresas cerealistas de fachada e um auditor fisca da Receita Federal.

                Segundo a PF, as quadrilhas atuavam no Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso e Goiás.InvestigaçãoA Operação Colônia foi iniciada após denúncias encaminhadas por empresas que haviam sofrido grandes prejuízos financeiros. 

                As investigações feitas pela Polícia Federal e Ministério Público Estadual constataram que, somente em Paranaguá, seis quadrilhas desviaram neste ano cerca de 2 mil toneladas de cargas de grãos, fertilizantes, óleo de soja, entre outros.

                  A PF acredita que as quadrilhas atuam há anos e tenham desviado, juntas, mais de 3 mil toneladas de produtos por ano. Segundo a PF, os criminosos utilizam diversos métodos para executarem os crimes: lançamento fictício de descargas nos sistemas de terminais portuários, substituição de fertilizantes desviados por produtos de menor valor e carregamentos de caminhões com placas clonadas e documentos falsos que nunca chegam ao destino.

             As quadrilhas são formadas por caminhoneiros, funcionários de terminais portuários, donos de empresas de fachada para emissão de notas frias e pelos receptadores, além de vários criminosos intermediários que informavam sobre as cargas a serem desviadas e aliciavam balanceiros de empresas e transportadoras.

                Também há mandados de prisão preventiva expedidos contra três policiais civis, acusados de extorsão e prevaricação, contra um advogado de Paranaguá, suposto coordenador de desvios, e ainda contra um fiscal da Receita Federal.

               Durante a fase sigilosa da investigação, foram realizadas várias operações conjuntas com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Maringá e Polícia Rodoviária Estadual, que resultaram na prisão em flagrante de 24 pessoas e na apreensão de 11 caminhões, sendo impedidos desvios que somariam 350 toneladas.

               Além disso, constatou-se que algumas das quadrilhas investigadas e de outras agiam em SC, SP, MT e GO, seguindo posteriormente as provas ao Ministério Público e ao juízo criminal para as providências cabíveis e encaminhamento às comarcas respectivas, devendo ser decretadas mais prisões nos próximos dias.


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