Gazeta
do Povo
O
deputado estadual Enio Verri (PT) está em uma lista composta por 15
pessoas condenadas pelo juiz da 4ª Vara Cível de Maringá, Alberto
Marques dos Santos, por improbidade administrativa. Entre os réus estão o
falecido ex-prefeito José Cláudio Pereira Neto (PT), Neusa Altoé e José
de Jesus Previdelli, antigos reitores da Universidade Estadual de Maringá (UEM),
e 12 ex-secretários da gestão petista, entre 2001 e 2004, onde se encaixa o
deputado estadual, então secretário da Fazenda do município.
A
acusação é de acumulo de funções e de salários recebidos, tanto na Prefeitura
de Maringá como os vencimentos como professores ou técnicos da
universidade, em período de sete meses – janeiro a julho de 2011. Os envolvidos
foram condenados a ressarcirem os cofres públicos. Nenhum deles, no entanto,
fica inelegível porque a decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso.
Se condenados, o período de afastamento seria de oito anos.
“Tanto
aos cargos técnico-administrativos quanto aos cargos docentes, ademais da
impossibilidade de acumulação remunerada na atividade, foi aferida evidente
incompatibilidade de horários, conforme descrição analítica e individualizada
dos cargos e da tabela de horários de cada um dos réus”, diz um trecho da
sentença municipal.
O
advogado dos envolvidos, Dirceu Galdino Cardin, confirmou que vai recorrer
da decisão judicial e comemorou o fato de a decisão penal ter sido favorável
aos réus. “Na esfera penal eles não foram condenados”, disse. “Quando há opção
de cargos, o servidor precisa ser notificado para optar por um dos cargos. Eles
não foram. A sentença penal foi com base nisso, assegurando esse direito.”
Ele
ainda confirmou que o acumulo das funções existiu, porém, sem dano aos cofres
públicos. “O juiz foi meramente no aspecto formal da situação, mas não houve
nenhum tipo de dano ao patrimônio público”, declarou Cardin.
Enio Verri que foi candidato a prefeito nas últimas duas eleições municipais em Maringá,
resolveu deixar os comentários sobre o caso para o advogado responsável. “Estou
muito tranquilo quanto a essa situação”, resumiu. A reportagem não localizou
Neusa e Previdelli até as 18:45h.
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