Foto reprodução EPTV
Durante um culto em sua
igreja evangélica em Ribeirão Preto – SP, na noite de da última segunda-feira,
11/03/2013, o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) criticou os
ataques que vem sofrendo desde que assumiu a presidência da Comissão de
Direitos Humanos da Câmara, em Brasília - DF, este mês. Em um encontro com
30 pastores na Catedral do Avivamento, da Assembleia de Deus, cuja entrada com
câmeras foi proibida aos jornalistas, o deputado exaltou aos fiéis sua história
pessoal em contraponto aos protestos, como o que acontecia do lado de fora do
mesmo templo por volta das 20:30h.
“Não se pode medir um
homem com 140 caracteres de Twitter”, disse Feliciano, referindo-se às
declarações que fez sobre homossexuais e negros em 2011 e que contribuem para a
recente onda de protestos. Na época, o deputado causou polêmica ao escrever
que: "sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo,
misérias, doenças oriundas de lá: ebola, AIDS, fome... ETC.", e que:
"a podridão dos sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime e à
rejeição".
Feliciano falou que
teve origem humilde e fez missões pelo mundo, inclusive no continente africano.
“A vida não foi fácil para mim. Não me envergonho do que sou não me envergonho
da minha mãe negra. Nunca pratiquei violência contra quem quer que seja”,
afirmou.
As manifestações que Feliciano acumula contra si foram classificadas por ele como um “ativismo
inconsequente” e um “teatro horrível onde querem perseguir um homem por causa
de sua fé”. Além disso, de acordo com o líder religioso, os protestos têm
atraído pessoas que são contra a liberdade religiosa e de pensamento. “Se não
fizermos alguma coisa agora voltaremos ao tempo da inquisição.”
O político também
ressaltou que, embora "esteja deputado", nunca deixará de ser um
pastor e que quer deixar um legado de luta contra a opressão - na qual ele
combate, por exemplo, a educação sexual para crianças de até seis anos. “O povo
me colocou para defender preceitos cristãos”, disse, sobre os 212.000 mil votos
obtidos nas últimas eleições e que o levaram à Câmara Federal.