No primeiro caso, entrevistadores farão a pesquisa dentro dos ônibus; e no segundo, equipes permanecerão nos postos da Polícia Rodoviária. O trabalho será coordenado pela Universidade Federal de Santa Catarina e conta com parceria de instituições da região, como Universidade Estadual de Londrina (UEL) e de Maringá (UEM).
O coordenador de Projeto do Laboratório de Transporte e Logística da Universidade de Santa Catarina, Rodolfo Philippi, informa que o objetivo desta etapa da pesquisa é medir a demanda potencial de usuários do Trem Pé-Vermelho. As entrevistas com os usuários do transporte coletivo e privado, moradores da região, constituirão a base de dados que ajudarão a avaliar a viabilidade e implantação do transporte ferroviário regional de passageiros.
A pesquisa de campo conduzida pela Universidade Federal de Santa Catarina será efetivada por estudantes recrutados, através de convênio, pela UEL e UEM. A articulação para a implantação do Trem Pé-Vermelho é feita, na região, pela Agência de Desenvolvimento Terra Roxa Investimentos.
As discussões sobre a volta do trem de passageiros na região teve início há cerca de quatro anos. Já foram realizados os estudos de viabilidade econômica, que apontaram que a região possui um padrão de desenvolvimento social e econômico dos mais elevados do País.
Transporte coletivo
Os estudos realizados até o momento identificaram que a região é atualmente atendida apenas por serviço de ônibus para o transporte coletivo de passageiros e que a viagem entre alguns municípios requer que o passageiro realize transbordo, o que exige embarque em mais de uma linha de ônibus. Os estudos apontaram ainda que a maior parte das ligações é servida por uma mesma linha de ônibus e que a frequência diária da maior parte de linhas oferecidas é de uma viagem/dia.
O diretor-executivo da Terra Roxa, Alexandre Farina, ressalta que o trem em estudo para ser implantado no Norte do Paraná trata-se de um veículo moderno, classificado como VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que atende a nova realidade da região. “Não tem nada a ver com aqueles trens lentos e antigos, que estão no imaginário das pessoas que chegaram a usar trem como veículo de transporte no Brasil”, comenta. A volta do trem de passageiros irá exigir também a implantação de novas e modernas linhas férreas.
Trens Regionais
O projeto regional é realizado em parceria com o Governo Federal, os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O Trem Regional Londrina / Maringá, é um dos 14 projetos selecionados pelo governo federal em 2009, no âmbito do Programa de Resgate do Transporte Ferroviário de Passageiros, do Ministério dos Transportes.
O Programa de Trens Regionais do governo federal selecionou duas regiões no país para instalar trens de passageiros, e uma delas é o trecho Paiçandu-Ibiporã. Os estudos são realizados pelo Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (Labtrans), que recebeu R$ 800 mil do governo federal – R$ 400 mil para o Paraná e outros R$ 400 mil para o trecho que será construído entre Bento Gonçalves e Caxias (RS).
O Trem Pé Vermelho é conduzido conjuntamente com o projeto do Trem da Serra Gaúcha. Ambos estão sob a coordenação técnica do Labtrans e coordenação executiva da Trensurb – Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre, vinculada ao Ministério das Cidades.
Serviço
Maiores informações:
Fernando Camargo – Presidente da URBAMAR – Urbanização de Maringá S/A : (44) 8403-2758
Alexandre Farina, diretor-executivo da Terra Roxa: (43) 9139-8738
Carlos Hirata, Presidente do IPPUL – Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina: (43) 9142-4806
Ivo Gilberto Martins – Secretário da Indústria, Comércio e Agricultura de Apucarana: (43) 9974-0494
Paulo Thimóteo, coordenador-executivo, Trensurb – Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre, vinculada ao Ministério das Cidades: (51) 8463-9819
Rodolfo Philippi, coordenador de Projeto do Laboratório de Transporte e Logística da Universidade de Santa Catarina: (48) 9908-8943