quarta-feira, 14 de maio de 2014

Governo de Pernambuco vai solicitar na Justiça a ilegalidade do mo- vimento dos policiais militares. Governo Federal coloca centenas de vagas nos presídios federais a disposição do governo estadual, Pla- nalto quer líderes presos para sufocar movimento copiando a Bahia

Policiais militares e bombeiros de Pernambuco se concentraram na frente da sede do governo do Estado, no centro do Recife
Crédito da foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem/Agência O Globo

       Os policiais militares de Pernambuco decidiram em assembléia, no início da noite desta quarta-feira, 14/05/2014, continuar com a greve iniciada na noite dessa terça-feira, 13/05/2014. Eles não abrem mão de um reajuste de 50% nos salários das praças e 30% dos oficiais.

       Segundo as associações, cerca de 80% da tropa da PM aderiu à paralisação, e os veículos estão parados nas sedes dos batalhões

O que pedem os PM’s 

       Reajuste de 50% para praças e 30% para os oficiais - Aumento do Vale-Alimentação de R$ 150 para R$ 500 - Plano de Cargos e Carreiras - Reforma do Hospital Militar

O que o governo propõe 

       Incorporação da gratificação de risco de vida ao salário - Solução para Plano de Cargos e Carreira até o final de julho - Criação de comissão para analisar e reformar o hospital

Estado de greve

       Nesta tarde, os militares tiveram uma reunião com deputados estaduais, que levaram uma proposta do governo. Mas os militares recusaram a proposta e decidiram acampar em frente ao Palácio Campo das Princesas, sede do governo. "Repassamos para a tropa que o governo disse que a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Eleitoral não permitem reajuste nesse momento.

       Mas, em assembléia, a tropa entendeu que esse é, sim, o momento oportuno e vai buscar brechas na lei. “Vamos contratar bons advogados para, juntamente com a tropa, discutir com a Assembléia e buscar uma solução ideal para essa manifestação”, disse o soldado Joel Maurício, representante da Associação de Cabos e Soldados, no início da noite, após a decisão.

       Ainda segundo Maurício, chegou-se a um acordo com relação à incorporação de um benefício. "O que ficou acordado foi que seria incorporado o risco de vida ao salário-base. Hoje, isso é uma gratificação que não se leva para inatividade", disse. O Estado anunciou que vai pedir apoio da Força Nacional de Segurança Pública e vai pedir, à Justiça, a decretação da ilegalidade da greve dos militares

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