quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Presidente Mahmud Abbas deve pedir hoje que a Assembléia Geral da ONU vote e torne a Palestina com status de Estado observador



              A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) vota nesta quinta-feira uma resolução que propõe a concessão do status de Estado observador à Palestina. O status permite que os palestinos opinem, mas sem direito a voto, e, segundo especialistas, abre espaço para as discussões sobre a criação de um Estado independente. A resolução, porém, divide opiniões. A União Européia está fragmentada.

        Os Estados Unidos e Israel buscam aliados na campanha contrária à resolução. O governo brasileiro é um dos copatrocinadores da proposta em favor da Palestina. Para ajudar nas articulações, o emissário do Brasil para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto, foi para Nova York. A União Européia não deverá apresentar uma posição comum.

          A proposta é considerada aprovada se obtiver a maioria dos votos. Não há direito a veto. A delegação da Palestina intensificou as negociações nos últimos dias e espera conseguir o apoio de, no mínimo, 140 dos 193 países que integram a Assembléia Geral das Nações Unidas. Porém, as articulações são cercadas de cuidados para evitar retaliações financeiras ou diplomáticas.

         A  União  Européia não conseguiu chegar a uma posição comum. A delegação de Portugal vai votar a favor, assim como os embaixadores da França, Espanha, Dinamarca, Noruega e Áustria. As delegações do Reino Unido e da Alemanha indicaram que vão se abster.

             Hanan Ashraui, um dos representantes da delegação da Palestina, disse que, uma vez aprovado o status, a prioridade será a busca pela reconciliação na região da Faixa de Gaza. Segundo ele, não há a expectativa de que o status modifique a situação atual, envolvendo o cerco israelense, mas é uma sinalização de avanço

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