domingo, 7 de outubro de 2012

Índia realiza encontro com 160 países para discutir a biodiversidade







          Mais de 160 países têm encontro marcado a partir de segunda-feira em Hyderabad, Índia, para concretizar os ambiciosos compromissos assumidos há dois anos, em Nagoya, sobre a biodiversidade do planeta, e deverão resolver com que instrumentos e principalmente com que financiamento poderá frear o desaparecimento de espécies ameaçadas.

           A 11ª Conferência das Partes do Convênio sobre a Diversidade Biológica (CDB) reunirá até 19 de outubro membros desta convenção da ONU que nasceu há 20 anos na Cúpula de Terra, no Rio de Janeiro.

            "Os próximos dez a vinte anos são fundamentais visando ao tempo que temos para proteger melhor a biodiversidade", ressalta Neville Ash, diretor da seção de biodiversidade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

           Superexploração dos recursos, desmatamento, poluição, mudanças climáticas: a taxa de extinção das espécies é hoje até 1.000 vezes mais elevada que o que se sabia até agora, lembram os cientistas.

          Uma em cada três espécies de anfíbios, mais de um pássaro em cada oito, mais de um mamífero em cada cinco, mais de um quarto das espécies de coníferas e também um grande número de peixes e cetáceos estão ameaçados de extinção.

           Esta erosão não apenas se limita à questão do desaparecimento das espécies, mas também afeta as nossas economias, com muitos setores que dependem de um meio-ambiente em bom estado.

          Em 2010, "ano internacional da biodiversidade", a conferência de Nagoya, no Japão, teria permitido a adoção de compromissos ambiciosos.

          Uma ambição encarnada por 20 objetivos para 2020 (como suprimir os subsídios "nefastos" para o meio-ambiente ou lutar contra a pesca excessiva) e um acordo histórico sobre um protocolo para distribuir de forma mais igualitária os benefícios da exploração de recursos genéticos para as indústrias, como a farmacêutica ou a cosmética.

           Em Hyderabad, onde são esperados os representantes de mais de 160 países dos 193 membros da Convenção, "é preciso manter o impulso colocando em andamento este grande plano", indica Julia Marton-Lefèvre, diretora-geral da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

           Ainda há muito a ser feito. Apenas seis países ratificaram até o momento o protocolo de Nagoya, que precisa de cinquenta ratificações para entrar em vigor.

           O principal ponto de tensão e fonte de divisões entre países em desenvolvimento e países desenvolvidos - deve ser o financiamento necessário até 2020 para alcançar os objetivos fixados. Esta questão, especialmente delicada no contexto econômico atual, não foi resolvida em Nagoya.
O objetivo é cifrar melhor as somas necessárias e, por outro lado, ver quais os compromissos que poderão ser assumidos pelos países ricos

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