quarta-feira, 4 de abril de 2012

04 de abril de 1968 era assassinado o pacifista Martin Luther King


          Os Estados Unidos tiveram um período onde o racismo e discriminação reinava nas ruas, nos supermercados, bares, restaurantes, escolas, ônibus ou qualquer outro lugar. Predominava a idéia de que os brancos eram superiores aos negros, e que estes, descendentes de escravos, deveriam ser marginalizados. Era década de 60 e qualquer branco poderia zombar ou agredir um negro, quase como um esporte: “não tem o que fazer, bate num negro”. Os brancos idiotas, para não praticar isso sozinho, formavam clubes, como a Ku Klux Klan. Não era nada bonito de se ver, nem de se viver, nem relembrar. Mas faz parte da História do país, que atualmente come no prato que cuspiu, pois tem seu presidente negro! É como diziam as avós: o mundo dá voltas!

          Parecia então que tudo estava perdido e que essa ideologia reinaria soberana, mas não foi o que aconteceu. Diante de tamanhas injustiças, havia um pastor protestante, negro, como a cegueira da maioria da população, que lutou pelos direitos civis dos negros, defendendo a não-violência – pregada por Ghandi – e o amor ao próximo. Esse pastor se chamava Martin Luther King Jr, nasceu no ano de 1929, e foi à pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz, em 1964.

          O ativismo político de King começou em 1955, quando Rosa Parks estava no ônibus e se negou a dar o seu lugar para outra mulher, de pele mais clara. Como resultado Rosa foi presa. Começou então um boicote aos ônibus da cidade, na qual King se juntou a população para protestar. A campanha contra a segregação racial durou por 381 e terminou com a Suprema Corte Americana, reconhecendo como ilegal a discriminação racial no transporte público. Uma pequena vitória, então os negros seriam iguais somente no transporte público? Enfim…

          Após essa participação King ajudou a fundar a Southern Christian Leadership Conference- Conferência de Liderança Cristã do Sul, CLCS – e esteve à frente dela durante toda sua vida. A CLCS lutaria pelos direitos de igualdade entre as pessoas, independente da cor de sua pele. Dentre esses direitos estavam o voto, condições igualitárias de trabalho, a não segregação e direitos básicos os quais deveriam ser garantidos a todos.

           King estava na cidade americana de Memphis, foi até lá na tentativa de controlar e ajudar a manter a ordem das quase 25000 pessoas que protestavam em apoio aos 1300 trabalhadores da limpeza pública. Uma semana antes, King já tinha estado em Memphis para fazer um discurso de apoio, porém, depois de sua ida, a selvageria tomou conta do local, acarretando na morte de um jovem, ferimento de outras dezenas e prisão de centenas. King até previa não retornar a cidade, mas o fez para colocar em prática o discurso de não-violência, para que a população visse que esta era a melhor arma no combate a discriminação, na luta pela justiça econômica e social. Mas não deu certo.

          King chegou à cidade no dia 3 de abril de 1968. No dia 4 de abril, ele permaneceu junto com outros membros da CLCS pensando em estratégias para a marcha que aconteceria na semana seguinte. Ao final da tarde a reunião acabou King então tomou seu banho e saiu do apartamento. Nesta hora foi ouvido um estampido e, quase que instantaneamente, King foi arremessado contra a parede do hotel devido ao impacto da bala de um rifle que lhe atingiu no pescoço. Chegou a ser levado para o hospital, mas uma hora depois foi dado como morto. James Earl Raym chegou a confessar o crime, mas depois de alguns anos mudou sua versão. Em homenagem a Martin Luther King, no ano de 1986 foi estabelecido um feriado nacional que só foi cumprido por todos os Estados americanos no ano de 1993

Barack Obama concluiu o sonho de Martin Luther King
 um negro presidente da nação mais poderosa do Planeta

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