domingo, 7 de agosto de 2011

Greenpeace rejeita doação de US$ 1 milhão de dólares



     A empresa Waste Management enviou para o escritório do Greenpeace nos Estados Unidos um cheque de US$ 1 milhão. "Fizemos fotos do cheque sendo rasgado e dele todo picado. E enviamos uma carta para a empresa para avisar que recebemos o cheque, que agradecíamos, mas que não estávamos à venda", lembra Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace Brasil. 

     Desde que foi criada, em 1971, a ONG não aceita doações de empresas nem de governos. Porém, isso não significa que não se relacione com corporações. É o caso da moratória da soja - pacto das entidades representativas dos produtores de soja no Brasil com ONGs ambientais e o governo para não adquirirem soja oriunda de áreas desmatadas na Amazônia. "É confortável, porque quando eu sento na mesa com as empresas, elas sabem que não estou atrás do dinheiro delas", diz.

     Cerca de 50% da receita da ONG vêm do Greenpeace Internacional - uma junção do excedente de diversos escritórios em países ricos. "Só na Alemanha são 500 mil colaboradores (doares). No Brasil, são 50 mil", compara. O orçamento anual no País fica entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões. O da WWF, por exemplo, é o triplo disso. 

      "Acho que temos de dobrar nossa captação no País. Mas é trabalhosa essa captação de recursos "gota a gota". Precisamos seduzir as pessoas. Elas podem colaborar com R$ 20 por mês, que seria o valor de uma ida ao cinema", afirma. Semanalmente, a ONG envia um boletim para prestar contas aos colaboradores e mostrar sua gratidão. "É graças a eles que eu consigo levantar voo para verificar o desmatamento, o que nos custa US$ 1,8 mil a Hora." 

Nenhum comentário:

Postar um comentário