segunda-feira, 12 de abril de 2010

Índice de mosquito da dengue ainda preocupa

 
A Secretaria de Saúde divulgou nesta segunda-feira (12), o Índice Geral de Infestação Predial do mosquito da dengue, que está em 1,6%, menos da metade do último índice do levantamento de janeiro. Mesmo com a queda acentuada na média geral, alerta o secretário Antônio Carlos Nardi, o índice ainda é preocupante e deve manter a mobilização da comunidade.
Ele lembrou que a média aceitável pela Orgnização Mundial de Saúde é de 0,99%, o que coloca onze das 16 regiões do município em situação de alerta. A divulgação aconteceu durante reunião do Comitê Municipal de Combate à Dengue.
O levantamento, realizado na semana passada entre os dias 5 e 9 de abril, apontou três áreas de alto risco. O maior índice, de 4,8%, foi encontrado na região dos bairros Champagnat, João Paulino, Branca Vieira, Oásis, Pinheiros e Colina Verde. A segunda área de alto risco, com média de 4,4%, está na região do distrito de Iguatemi, em São Domingos e Santa Terezinha. Na sequência, também com alto risco e índice de 3,9% estão as zonas 4 e 7.
Com índice de médio risco aparecem oito áreas. A primeira com 3,4% abrange a região do Ney Braga, Hortência, Coca Cola, Montreal e Mandacaru. Com 2,6% de infestação aparecem as áreas dos bairros Cidade Nova, Cidade Jardim, Real, Laranjeiras e Monte Rei, e também as regiões do Lea Leal, Morangueira e Alvorada III.
A região do Jardim América, Parigot de Souza, Karina, Patrícia, Requião e Paulista apresentaram média de 2,4%. Ainda no médio risco com 1,8% está a área do Jardim Alvorada, Alvorada I e II, Ebenezer e Sumaré, e a região do Cemitério e do Parque da Gávea. As últimas áreas com médio risco, ambas com 1,1% de focos, são da Vila Operária e Zona 8, seguido da região do Aeroporto, Vila Nova, Porto Seguro, Cidade Alta e Tarumã.
Com baixo risco aparecem quatro áreas. A região do Posto Duzentão, Grevileas, Eldorado, Quebec, Herman Moraes Barros e Parque das Bandeiras apresentaram média de 0,6%. Com 0,5% estão a Vila Esperança, região da universidade e campus da UEM. Com 0,4% apareceram Itaipu, Borba Gato, São Clemente e Floriano. Com 0,2% de infestação estão Cidade Monções, Zona 5, Fim da Picada e Recando dos Magnatas.
O centro da cidade é a única região com risco zero, com nenhum foco identificado pelos agentes. Nardi alerta que mesmo as região com índices baixos devem manter o alerta contra a água parada, pois a situação pode mudar diante da situação de outras regiões próximas. “Os integrantes do Comitê Municipal de Combate à Dengue continuam mobilizados, e a população deve participar na eliminação dos focos do mosquito”, pediu o secretário.
Lixo e resíduos
O levantamento de índice apontou também que a grande maioria dos focos está localizado nos domicílios, pela ordem no lixo e resíduos, vasos de plantas, barris e tinas, e pneus. Em alguns bairros como na Zona 8 e Vila Operária, e na região da Zona 5 e Fim da Picada, 100% dos focos estavam em resíduos e lixos. Nardi lembra que são situações passíveis de serem eliminadas pelos moradores, o que mostra a falta de participação das pessoas. “A dengue só se combate eliminando o mosquito, o que é possível apenas acabando com a água parada”, lembrou.
O secretário comparou a evolução do número de casos da doença, que apresentou uma grande evolução da quarta para a nona semana, chegando a 498 na 11ª semana, recuando para 331 na semana seguinda e 44 na última semana. Ele citou também os 802 casos confirmados até a última sexta-feira, e lembrou dos 600 casos que aguardam resultado laboratorial.
Outra constatação preocupante, apontou o levantamento de índice, é a presença de focos em pneus. Nas regiões do Lea Leal, Morangueira e Alvorada III, e do Cemitério e Parque da Gávea, os pneus aparecem em segundo lugar no número de focos. O mesmo acontece na região do Aeroporto, Vila Nova, Cidade Alta e Tarumã. “São áreas onde existem fundos de vale e as pessoas descartam pneus”, lamentou Nardi.
Ele também elogiou a participação das empresas, instituições e entidades que participam do Comitê Municipal de Combate à Dengue, as ações das secretarias de Serviços Públicos e Educação, a imprensa e a campanha da RPC/TV Cultura. “São parceiros que somam na conscientização da população e nas ações de combate à dengue”.

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