terça-feira, 29 de março de 2011

Expoingá: Uma maneira de praticarmos apartheid social e segregação de cultura e lazer, com nossos irmãos desfavorecidos pela sorte, continuamos hipócritas


                    
                Lembro com saudade quando era criança aqui em Maringá no mês de maio, aniversário da Cidade Canção, quando podíamos ir visitar a feira de exposição da cidade, era um orgulho, a família reunida e muitas vezes vinham os parentes de fora, íamos todos contentes para verem o que a feira trazia de novidades, como sempre as empresas mostrando seus produtos e fazendo propaganda dos seus serviços, os portões eram abertos todos os dias, ano a ano. 

                 Hoje a expoingá, virou local dos ricos fazerem seus negócios, à custa da exploração dos pobres, que tira do orçamento familiar para poder levar sua família para ver os bois dos ricos que lá estão em exposição. O rico não paga ingresso, entra pelos portões dos fundos, com sua camionete último tipo, de mais de R$200.000,00 reais, e chamado doutor pelos seguranças, que ficam ali tomando conta da cerca, para os pobres não passarem e se um desgraçado desse tentar passar arrisca entrar na borracha, grande sociedade que nos somos. 

               Eu não esqueci os bajuladores, dos meios de comunicação, com certeza bancados com o dinheiro que nós vamos pagar para entrar na feira, eles bajulam o tempo todo, tipo “Estive na feira, fui tomar uma cerveja marca tal, junto com o fulano e o sicrano e tava um regaço de gente, tava apinhocado não cabia mais ninguém", senhores e senhoras chegam de hipocrisia, o povo merece respeito, afinal e só levantar a verdade, grande parte do patrimônio que está construído ali foi erguido com o suado dinheiro que nós  os cidadãos pagamos de impostos para o poder público, e depois somos acharcados nas bilheterias, ou paga ou não entra, se pelo menos fosse um preço simbólico (porque não se cobra o valor de uma passagem da TCCC para entrar no recinto do parque de exposições), para custear as despesas que se faz necessário, falando em despesas gostaria que alguém confirmasse quem paga as contas de: energia elétrica, água, esgoto e IPTU, daquele recinto. Mas pelo visto virou um grande negócio, faturam-se milhões nas custas da boa fé do nosso povo, cobram-se preços fora da realidade do nosso povo, diga não a exploração dos valores dos ingressos, com preços esfoliantes, diga sim a um valor popular que um pai ou uma mãe trabalhador, possa levar seus filhos para ver cultura e lazer, sem comprometer o orçamento doméstico. 

               Tem muito jornalista sério que com certeza queria falar umas verdades, mas não fala se não perde o emprego, e disso eu conheço muito bem, sou maringaense filho e irmão de jornalistas. Eu não sou contra o meu povo e principalmente a minha cidade natal onde nasci e sempre vivi. Essa é minha opinião, de cidadão e maringaense de nascimento e de coração, graças a Deus não tenho rabo preso  com ninguém, "Sargento Tavares"

2 comentários:

  1. pra que valor baixo? pra bandido entrar armado e sair atirando pra todo lado?

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  2. Infelismente a hipocrisia impera nesse nosso mundo capitalista, e acho muito mais fácil o dono da camionete de mais de R$ 200.000,00 entrar armado e com capangas a tira colo, do que aquele cidadão simples humilde que quer apreciar um pouco de diversão e cultura.
    Bandidagem não se classifica em classe social, existe muito "Bandido de Colarinho Branco" por aí...

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